Ferrovias e Vias Férreas (Material Rodante)

 MATERIAL RODANTE: LOCOMOTIVAS E VAGÕES

Aqui aprenderemos mais sobre o material rodante, Ferrovias e vias férreas.

Ferrovias:

Uma ferrovia (chamada também de via férrea, caminho de ferro ou estrada-de-ferro é um sistema de transporte baseado em trens ou comboio correndo sobre carris ou trilhos previamente dispostos. O transporte ferroviário é predominante em regiões altamente industrializadas, como a Europa, o extremo leste da Ásia e ainda em locais altamente populosos como a Índia. As ferrovias são o meio de transporte terrestre com maior capacidade de transporte de carga e de passageiros. Em muitos países em desenvolvimento da África e da América Latina, as ferrovias foram preteridas pelas rodovias como tipo de transporte predominante.

Entendendo mais sobre Locomotiva:

Uma locomotiva é um veículo ferroviário que fornece a energia necessária para a colocação de um comboio ou trem em movimento; as locomotivas não têm capacidade de transporte própria, quer de passageiros, quer de carga. No entanto, alguns comboios, possuem unidades (carruagens) mistas auto-alimentadas que também servem principalmente, para o transporte de pessoas; a esses veículos, no entanto, não se dá normalmente o nome de locomotiva, mas trem unidade.

Existem muitas razões para que ao longo dos tempos se tenha isolado a unidade fornecedora de energia do resto do comboio:

  • Facilidade de manutenção – é mais fácil a manutenção de um único veículo;
  • Segurança – Existe mais facilidade de afastar a fonte de energia dos passageiros, em caso de perigo;
  • Fácil substituição da fonte de energia – em caso de avaria, só existe a necessidade de substituir a locomotiva e não todo o comboio;
  • Eficiência – Os comboios fora de circulação, gastam menos energia quando há necessidade da sua movimentação;
  • Obsolescência – Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam obsoletas não é necessária a substituição de todos os elementos.

Existem três tipos de locomotivas: 

A vapor: Atualmente estão restritas a rotas turísticas;

Elétrica: Possui um alto custo fixo de manutenção e, por isso, se restringe aos sistemas de transporte metropolitano.

Diesel-elétrica: Modelo predominante no transporte de cargas brasileiro.

Entendendo um pouco mais sobre Vagões:

Vagão é um veículo de uma estrada de ferro ou ferrovia construído de propósito para o transporte de mercadorias, animais ou passageiros.Um vagão pequeno é um vagonete.

Existem 7 tipos de vagões:

Fechados: Para granéis sólidos, ensacados, caixarias, etc. Produtos que não podem ser expostos ao tempo;

Gôndola: Granéis sólidos que não podem ser expostos ao tempo;

Hopper: Fechado para granéis corrosivos e granéis sólidos que não podem ser expostos ao tempo e abertos para os granéis que podem ser expostos ao tempo;

Isotérmico: Produtos congelados em geral;

Plataforma: contêineres, produtos siderúrgicos, grandes volumes, madeira, peças de
grandes dimensões;

Tanque: cimento a granel, derivados de petróleo claros e líquidos não corrosivos em geral;

Especiais: produtos com características de transporte bem distintas das anteriores.

Nota: Contrariamente ao brasileiro que emprega vagão tanto para o transporte de cargas como de passageiros (ex: vagão-leito), em Portugal para o transporte de passageiros usa-se carruagem (ex: carruagem-cama).

                                     Capacidades dos vagões utilizados no Brasil

A capacidade do vagão ferroviário depende da resistência de cada eixo que compõem o truque e também da resistência da linha por onde ele transita. Por exemplo, se um vagão permite 25 toneladas por eixo o peso total poderá atingir até 100 toneladas, incluindo a tara do vagão e a mercadoria. Entretanto, se ele está circulando por uma linha que admite a circulação de trens com 20 toneladas por eixo o peso total estará limitado a 80 toneladas. Se a linha permitir 25 toneladas, o vagão poderá circular com sua capacidade máxima. No caso de linhas modernas, as quais permitem trens de 30 toneladas por eixo, podem circular vagões com eixos para 30 toneladas os quais transportam um peso total de 120 toneladas.

a utilização da capacidade total de um vagão dependerá sempre do tipo de mercadoria transportada e do volume em m³, ou seja, para uma mercadoria leve, por exemplo, madeira, se atingirá o volume disponível sem atingir o total de toneladas permitidas. Por outro lado para uma mercadoria densa e pesada, por exemplo, minério de ferro, a tonelagem máxima será atingida sem, no entanto, o volume do vagão estar completo.

A MALHA FERROVIÁRIA É DIVIDIDA ENTRE TRÊS PRINCIPAIS TIPOS DE
ESPAÇAMENTO ENTRE OS TRILHOS, CHAMADA BITOLA.

Bitola é a largura determinada pela distância medida entre as faces interiores das cabeças de dois trilhos ou carris em uma via férrea.

As ferrovias em todo o mundo adotam várias medidas de bitola, sendo a mais frequentemente usada a de 1435 mm (4 pés e 8½ polegadas), por isso denominada muitas vezes de bitola padrão, bitola standard, ou bitola internacional, ou ainda bitola Stephenson, em homenagem a George Stephenson. Em utilização técnica e normativa esta bitola é designada pelo seu valor nominal 1435 mm, atendendo a que cada bitola constitui em si mesma um “padrão”. A popularidade dessa bitola deve-se inicialmente à sua maior utilização nas primeiras ferrovias construídas no Reino Unido e, posteriormente, ao uso da mesma nos EUA em função do uso de material rodante britânico, comprado pelas primeiras ferrovias americanas.

As bitolas com medida maior do que a bitola de 1435 mm são consideradas bitola larga, enquanto as de medida menor são chamadas de bitola estreita.

Bitola Métrica – Distância de 1 metro;

Bitola Larga – São aquelas com distância maior que 1,435 metros. No Brasil, é definida como a distância de 1,6 metros;

Bitola Mista – Possui três ou mais trilhos para permitir a passagem de veículos com bitolas diferentes.

São elas que definem que tipo de Locomotiva e Vagões poderão circular.

Ir para Sumário Geral  ou  Sumário TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO

Veja também: Métodos de Cálculo do Frete

Por Rogério Lemos, Graduado em Logística pela Faculdade Atenas Maranhense, com MBA em Logística e Negócios Sustentáveis pela Escola de Negócios Excellence – ENE, mais de 05 anos de sólida experiência em Logística de Telecomunicações. Especializado em Logística verde e distribuição.

 

Esse post foi publicado em Modal Ferroviario, Sem categoria, Transportes e marcado , , . Guardar link permanente.

Deixe um comentário